O QUE É NECESSÁRIO PARA SER UM BOM EDUCADOR?

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tropa de Elite, capitão nascimento e a discussão do espaço urbano.

Tropa de Elite e os problemas urbanos brasileiros / Capitão nascimento Herói nacional.




      Recentemente essa foi a capa da Veja (revista de grande circulação principalmente em São Paulo).


       Assisti os dois filmes assim como milhões de pessoas, e também fiquei entusiasmado com seu roteiro e cenas fortes. Mas o Tropa de Elite II traz consigo uma necessidade de reflexão.



       Trata-se de mais uma produção cinematográfica daquelas classificadas no mundo do cinema como de gênero Thriller, ou seja, não é apenas um filme policial ou de ação, é um filme onde o inimigo não esta aparente (“o sistema”), uma mistura de filme de gangster e documentário, uma vez que é baseado em um livro “A Elite da Tropa” ( escrito pelos policiais do BOPE, André Batista e Rodrigo Pimentel, em parceria com o antropólogo Luiz Eduardo Soares).

     Você pode consultar também o Site oficial http://www.tropa2.com.br/  e blog oficial http://www.tropa2.com.br/blog/ do filme Tropa de Elite 2, que entre uma série de conteúdos trás enquetes, uma delas sobre a cena do filme que teria agradado mais o público, e advinha o que deu? Coronel nascimento acertando contas com deputado. Será que foi um desabafo nacional, uma vez que a cena foi ovacionada em quase todas as sessões, segundo relatos de várias pessoas.

     Leia abaixo partes de artigo escrito por Ricardo Calil e publicado no site http://www.saladacultural.com.br/ que faz uma reflexão a respeito dos temas tratados nos filmes e também uma comparação entre as duas versões.

     Vi "Tropa de Elite 2" na primeira sessão do dia de estréia no circuito comercial em São Paulo, no Cinemark Eldorado, hoje às 12h45. Na saída, as pessoas caminhavam silenciosas, cabisbaixas, pensativas. Uma reação muito diferente da descrita pelo colega Ricardo Kotscho na pré-estréia de ontem, que teve aplausos calorosos, como de hábito nessas ocasiões festivas. Acima de tudo, uma reação muito diferente da catarse provocada por "Tropa 1″.

     Sim, essa é a primeira sensação deixada por "Tropa 2″: um filme menos catártico que o original (embora também tenha também momentos que despertam instintos primários, em particular a surra do coronel Nascimento em um deputado federal). Mas também um filme mais complexo, mais maduro. Melhor, em resumo.

     No primeiro, havia aquela divisão básica: de um lado, os policiais violentos, porém incorruptíveis, do Bope; do outro, bandidos, policiais desonestos, ongueiros hipócritas. Para a maioria dos espectadores, não era difícil tomar um lado.

     Neste segundo filme, tudo é mais complicado. Promovido a subsecretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Nascimento (Wagner Moura, mais uma vez brilhante), por um lado, ajuda a eliminar o tráfico, mas por outro acaba estimulando a proliferação das milícias de policiais – que dominam favelas com um grau de violência e corrupção semelhantes aos dos bandidos e ainda funcionam como cabos eleitorais de políticos populistas em regiões pobres.

     Ao combater "o sistema", Nascimento termina por fortalecê-lo – em um processo que José Padilha demonstra com um didatismo muito eficiente, esclarecedor, e que transforma seu protagonista em uma figura ainda mais densa e trágica.



                                                                                             Favelas do Rio de Janeiro.

       As favelas são fruto de uma total ausência de planejamento urbano por parte do Estado brasileiro, aliado por uma industrialização tardia que produziu um rápido crescimento urbano (muito em função de nossa tremenda concentração de terras que teve como conseqüência o êxodo rural de milhões de pessoas) desordenado e gerando um inchaço das cidades e de sua capacidade de atendimento de tal demanda. Muito bem, esta é a explicação que normalmente nós professores de geografia ensinamos em nossas aulas. Mas precisamos nos atentar para não dar um ar de naturalidade para esse fenômeno do inchaço urbano. Como se não pudesse ter sido diferente, uma vez que ocorreu tudo tão rápido. Veja bem, as favelas do Rio de Janeiro precedem em muitos anos a industrialização brasileira (como deixam claro, muitas obras de Machado de Assis) e além do mais, se formos estudar o processo de industrialização, êxodo rural e urbanização europeu, poderemos verificar que também ocorreu de forma rápida e que inicialmente os trabalhadores ocupavam áreas de difícil acesso e de baixíssimo valor imobiliário, tal qual nossos subúrbios e periferias. Claro, resguardadas as devidas proporções, principalmente no que tange ao número de habitantes. Então podemos concluir que o nosso Estado foi e continua sendo omisso no planejamento urbano das cidades e que favelas e cortiços têm surgido em todas as grandes e médias cidades de nosso país.


     Ambos os filmes mostram como a ausência do Estado na constituição desses espaços urbanos (as favelas) deixam um vazio que logo é ocupado, ora por traficantes, ora por milícias e deixam bem claro os mecanismos que levam a isto.

       Diante de tudo isto, o capitão/coronel nascimento é o Herói brasileiro, apenas um justiceiro do século XXI, ou mais uma vítima do sistema?


Legião Urbana e Tropa de Elite 2


“Nas favelas, no senado… Sujeira pra todo lado… Ninguém respeita a constituição… Mas todos acreditam no futuro da nação… Que país é esse?… Que país é esse?… Que país é esse?


Por: Prof. Rubens Benatti.

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