O QUE É NECESSÁRIO PARA SER UM BOM EDUCADOR?

O requisito número um para o educador é ser apaixonado! Apaixonado pela nossa atuação, pela aportunidade de também aprender com os alunos, pela possibilidade de estar colaborando para o progresso de uma região, estado ou país, e principalmente pela satisfação em fazer parte da vida de pessoas que contam com nosso conhecimento, competência adquirida ao longo dos anos, empenho, compreensão, apoio e dedicação para se realizarem, como índíviduos e profissionais do futuro, atingindo seus objetivos e sonhos.

Pesquisar neste blog.

Tradutor: traduza todo o conteúdo do blog (em português) para o seu idioma.

Click nas bandeiras abaixo e deixe o blog no seu idioma (caso sua nacionalidade não esteja representada por estas bandeiras, click na que traz o idioma mais próximo ao seu e você terá uma lista com 59 idiomas para escolher).

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Novo IDH - 2010

Nova York, 04/11/2010

Brasil avança no novo Índice de Desenvolvimento Humano

Reformulado, Índice de Desenvolvimento Humano usa Renda Nacional Bruta em vez de PIB e apresenta novos indicadores sobre educação do PNUD.

O Brasil subiu quatro posições de 2009 para 2010 e ficou em 73º no ranking de 169 nações e territórios da nova versão do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que passou por uma das maiores reformulações desde que foi criado, há 20 anos. O índice brasileiro, de 0,699, situa o país entre os de alto desenvolvimento humano, é maior que a média mundial (0,624) e parecido com o do conjunto dos países da América Latina e Caribe (0,704), de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano. O documento, intitulado A verdadeira riqueza das nações: caminhos para o desenvolvimento humano, foi divulgado nesta quinta-feira em Nova York.

Em razão da mudança de metodologia, não se pode comparar o novo IDH com os índices divulgados em relatórios anteriores. Mas seguindo a nova metodologia, em comparação com os dados recalculados para 2009, o IDH do Brasil mostra uma evolução de quatro posições.



A lista é encabeçada pela Noruega (0,938), seguida de Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. A última posição é ocupada por Zimbábue (0,140), superado por República Democrática do Congo, Níger, Burundi e Moçambique. O Brasil está logo acima de Geórgia (74º), Venezuela (75º), Armênia (76º) e Equador (77º), e abaixo de Ilhas Maurício (72º), Macedônia (71º), Irã (70º), Ucrânia (69º) e Bósnia-Herzegóvina (68º).

O índice manteve suas características principais — varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano) e engloba três aspectos essenciais do desenvolvimento humano: conhecimento (medido por indicadores de educação), saúde (medida pela longevidade) e padrão de vida digno (medido pela renda). Assim, conserva a premissa que norteou sua criação em 1990: o progresso deve ser mensurado não apenas pelo crescimento econômico, mas também por conquistas em saúde e educação.

Para o 20º aniversário da publicação, foram introduzidas mudanças nos indicadores de renda e educação e no cálculo final (leia mais abaixo o texto “As mudanças na metodologia do IDH”). A reformulação resultou em aprimoramento, mas implicou uma redução no número de países e territórios abrangidos: 15 (incluindo Cuba, Omã e Líbano) saíram da lista por não disporem de informações verificáveis para pelo menos um dos quatro indicadores usados no índice.

Dos três subíndices que compõem o IDH, apenas o de longevidade não passou por alterações: continua sendo medido pela expectativa de vida ao nascer. No subíndice de renda, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que contabiliza a renda conquistada pelos residentes de um país, incluindo fluxos internacionais, como remessas vindas do exterior e ajuda internacional, e excluindo a renda gerada no país, mas repatriada ao exterior. Ou seja, a RNB traz um retrato mais preciso do bem-estar econômico das pessoas de um país. No subíndice de educação, houve mudanças nos dois indicadores. Sai a taxa de analfabetismo, entra a média de anos de estudo da população adulta; para averiguar as condições da população em idade escolar, em vez da taxa bruta de matrícula passa a ser usado o número esperado de anos de estudos.


Evolução recente

Esta não é a primeira vez que o IDH passa por mudanças — a disponibilidade de novos dados e as sugestões de alguns críticos fizeram com que o índice se adaptasse ao longo das últimas duas décadas. Porém, a fim de possibilitar que sejam verificadas tendências no desenvolvimento humano, a equipe responsável pelo relatório usou a nova metodologia não só para calcular o IDH de 2010, mas também o de 2009 e de outros seis anos de referência: 1980, 1985, 1990, 1995, 2000 e 2005. Para o Brasil, há dados completos desde 2000.

Desde aquele ano, o IDH brasileiro teve um ganho de 7,6% (73ª maior variação numa lista de 137 países). O progresso foi mais rápido que o latino-americano (6,6%) e mais lento que o global (9,3%). De 2005 para cá, a alta foi de 3,1% (92º mais veloz em uma lista de 169 países e territórios). De 2009 para 2010, o aumento foi de 0,8%, o 53º mais elevado entre 169 países. Com isso, o Brasil subiu quatro posições desde o ano passado, a maior alta mundial — apenas França, Irã, Indonésia, Iêmen e Nepal chegaram perto disso (avançaram duas posições).

Na última década, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou 2,7 anos, a média de escolaridade cresceu 1,7 ano e os anos de escolaridade esperada recuaram em 0,8 ano. A renda nacional bruta teve alta de 27% no período.

Em comparação com países que estavam em nível semelhante de desenvolvimento em 2000 — os quatro logo acima e os quatro logo abaixo no ranking do IDH —, o Brasil saiu-se como um dos melhores. Se há dez anos era o quinto nesse grupo de nove nações, agora é o terceiro. O grande salto, porém, foi da Ucrânia, que registrava índice semelhante ao brasileiro em 2000, e em 2010 é o país com maior IDH desse conjunto.

As alterações foram pequenas para os países da América Latina ao longo da última década. Chile, Argentina e Uruguai mantêm-se no topo do IDH desse grupo, seguido de México e Peru. Bolívia e Paraguai ainda registram os índices mais baixos. Nas posições intermediárias, estiveram Colômbia, que acelerou menos entre 2000 e 2010, Equador, Venezuela e Brasil. O indicador brasileiro era o sexto no início do período, chegou a ser superado pelo venezuelano em 2009, mas neste ano voltou à sexta colocação.


As mudanças na metodologia do IDH

Os pilares do IDH não foram alterados: o índice varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior) e engloba três dimensões fundamentais do desenvolvimento humano: conhecimento (mensurado por indicadores de educação), saúde (medida pela longevidade) e padrão de vida digno (medido pela renda). Mas houve modificação em alguns indicadores e no cálculo final do índice.

Subíndice de longevidade

Não mudou: continua sendo medido pela expectativa de vida ao nascer.

Subíndice de educação

É o único que engloba dois indicadores, e ambos foram alterados. Sai a taxa de alfabetização, entra a média de anos de estudo da população adulta (25 anos ou mais). Para averiguar as condições da população em idade escolar, em vez de taxa bruta de matrícula passa a ser usado o número esperado de anos de estudos (expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada, se os padrões atuais se mantiverem ao longo de sua vida escolar). Essas alterações foram feitas porque alguns países, sobretudo os do topo do IDH, haviam atingido níveis elevados de matrícula bruta e alfabetização — assim, esses indicadores vinham perdendo a capacidade de diferenciar o desempenho dessas nações. Na avaliação do Relatório de Desenvolvimento Humano, as novas variáveis captam melhor o conceito de educação e permitem distinguir com mais precisão a situação dos países. No entanto, assim como os indicadores anteriores, não consideram a qualidade da educação. No método antigo, a taxa de analfabetismo tinha peso 2 nesse subíndice, e a taxa de matrícula, peso 1. Agora, os dois novos indicadores têm peso semelhante.

Subíndice de renda

O PIB (Produto Interno Bruto) per capita foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que abrange os mesmos fatores que o PIB, mas também leva em conta recursos enviados ou recebidos do exterior — é uma maneira de captar melhor as remessas vindas de imigrantes, excluir da conta o envio de lucro para o exterior das empresas e computar a verba de ajuda humanitária recebida pelo país, por exemplo. Assim como na versão anterior usava-se o logaritmo natural do PIB per capita, agora usa-se o logaritmo natural da renda. Também foi mantido o modo como os valores são expressos: em dólar corrigido pela paridade do poder de compra (PPC), que leva em conta a variação do custo de vida entre os países.

Normalização dos subíndices

Para poder comparar indicadores diferentes (a renda é expressa em dólares, a expectativa em anos, por exemplo), cada subíndice é transformado numa escala de 0 a 1. Por isso, estabelece-se um valor máximo e mínimo para cada indicador. Até o relatório do ano passado, os níveis máximos eram fixados pelo próprio RDH; neste, foram usados os valores máximos verificados na série de dados (desde 1980). Com isso elimina-se a arbitrariedade na escolha desses níveis máximos e mínimos.

Atualização dos dados

Até o ano passado, o IDH sempre trabalhava com indicadores de dois anos anteriores à publicação do relatório. O RDH 2009, portanto, trazia um IDH que refletia a situação de 2007. No RDH 2010, são usados alguns valores e projeções do próprio ano de 2010. Há dados disponíveis para este ano referentes à expectativa de vida e à média de anos de estudo. Para a renda nacional bruta, foram feitas estimativas aplicando-se os dados mais recentes do Banco Mundial às projeções de crescimento feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). No número de anos esperados de escolaridade, foi utilizado o dado mais recente disponível.

Cálculo

Até a edição de 2009, o IDH era calculado como a média simples dos três subíndices (somava-se os três e dividia-se o resultado por três). A partir deste relatório, recorre-se à média geométrica: multiplicam-se os três subíndices e calcula-se a raiz cúbica do resultado (um número que, multiplicado três vezes por ele mesmo, é igual ao resultado da multiplicação). Antes, um desempenho baixo em uma dimensão poderia ser diretamente compensado por um desempenho melhor em outra. Com o novo cálculo, essa compensação perde força — um valor ruim em um dos subíndices tem impacto maior em todo o índice. Além disso, a metodologia permite que 1% de queda na expectativa de vida, por exemplo, tenha o mesmo impacto que 1% de queda na renda ou na educação.

Nível de desenvolvimento humano

O Relatório de Desenvolvimento Humano deixa de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passa a utilizar uma classificação relativa. A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento, o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano.

Veja matéria completa, incluindo os gráficos na página do PNUD no linnk abaixo:
Fonte: http://www.pnud.org.br/noticias/impressao.php?id01=3596


Atualizando a postagem.


Índice de Desenvolvimento Humano de 2010 traz nova metodologia
Foram introduzidas novas variáveis e novo processo de agregação.Com a mudança, não se pode comparar o IDH 2010 com anos anteriores.

Na edição do 20º aniversário do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira (4), foi utilizada uma nova metodologia, além de dados que não estavam disponíveis na maioria dos países em 1990 para educação, saúde e renda. Com a mudança, o IDH de 2010 não pode ser comparado ao IDH de anos anteriores, que utilizavam uma metodologia diferente.



Uma das mudanças, por exemplo, está no cálculo da renda. O Rendimento Nacional Bruto per capita substituiu o Produto Interno Bruto per capita, para incluir o rendimento de remessas externas e do apoio internacional ao desenvolvimento.

saiba mais

Na educação, os anos de escolaridade esperados para as crianças em idade escolar substituem as matrículas brutas, e a média de anos de escolaridade da população adulta substitui as taxas de alfabetização de adultos, para proporcionar uma imagem mais completa dos níveis de educação.

A esperança de vida permanece como o principal indicador para a saúde.

A classificação

No antigo IDH, os países eram classificados no intervalo de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido o país. Quanto mais próximo de zero, menos desenvolvido. Com a nova metodologia, a classificação dos países é baseada nas categorias "muito alto", "alto", "médio" e "baixo".
Agora, dividiu-se o ranking de 169 países em quatro partes – os de desenvolvimento humano muito alto são a parcela de 25% que está no topo da tabela; os de alto desenvolvimento são os 25% seguintes; os de médio, outros 25%; e os de baixo desenvolvimento, os 25% últimos.
O relatório 2010 também inclui três novos índices: o Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade (IDH-D), o Índice de Desigualdade e Gênero (IDG) e o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM).

Reportagem na íntegra:  http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/11/indice-de-desenvolvimento-humano-de-2010-traz-nova-metodologia.html




4 comentários:

  1. Olá Prof.Rubens, parabéns pela iniciativa do blog!
    Quanto ao tema "novo IDH", sei que varia de 0 até 1, porém, não encontrei que nota corresponde a cada um dos 4 níves (muito alto, alto, médio, baixo). Você tem essa resposta?
    Muito obrigada pela atenção!
    Abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá.

      Agora, dividiu-se o ranking de 169 países em quatro partes – os de desenvolvimento humano muito alto são a parcela de 25% que está no topo da tabela; os de alto desenvolvimento são os 25% seguintes; os de médio, outros 25%; e os de baixo desenvolvimento, os 25% últimos.

      Um abraço, Rubens.

      Excluir
  2. é parabéns pelo blog contém mtas informações.
    vlw bjos

    ResponderExcluir